Análise especulativa: O impacto da deserção das luas inferiores em "kimetsu no yaiba"

Existe um intrigante exercício de narrativa no universo de Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) que propõe uma reviravolta drástica no conflito central: a traição das Luas Inferiores remanescentes a Muzan Kibutsuji. Este cenário especulativo considera a aliança das Luas Inferiores restantes (que seriam as posições 2, 3, 4, 5 e 6, excluindo a 1ª Lua Inferior, Enmu, e Rui, que foi derrotado anteriormente) com a Tropa dos Caçadores de Demônios, alterando fundamentalmente o equilíbrio de poder.

O Fim do Controle de Muzan

O poder de Muzan sobre suas Luas reside no medo, na promessa de sobrevivência e, crucialmente, no sangue infundido que lhes garante regeneração e força. A premissa de sua deserção implica que algo mais forte que a lealdade ou o medo de aniquilação prevaleceu sobre estes demônios. A chave para esta aliança seria a capacidade dos Caçadores de Demônios de oferecer uma alternativa viável à morte ou ao serviço eterno ao progenitor dos demônios. Isso exigiria, possivelmente, a intervenção de Tamayo ou de técnicas médicas avançadas que prometessem a cura total da maldição demoníaca.

Vantagens Estratégicas para a Tropa

A súbita inversão de lealdade traria benefícios imediatos e catastróficos para Muzan. Em primeiro lugar, a Tropa ganharia acesso a conhecimento interno sem precedentes sobre as táticas, fraquezas e a organização da hierarquia demoníaca. As Luas Inferiores, embora inferiores às Superiores, ainda representam adversários formidáveis. Suas habilidades e técnicas de combate, treinadas ou aprimoradas pelo próprio Muzan, seriam imediatamente direcionadas contra seus antigos mestres.

• Informação tática: Pistas sobre a localização dos refúgios de Muzan e dos movimentos das Luas Superiores.
• Batalhas facilitadas: A experiência das Luas Inferiores em combate contra caçadores treinados ajudaria a adaptar as estratégias da Tropa.
• Impacto Moral: A desmoralização de Muzan, vendo sua base de poder desmoronar internamente, seria imensa.

O Papel dos Demônios Convertidos

A aceitação dessas Luas remanescentes pelos Caçadores de Demônios, como Tanjiro Kamado e seus companheiros, seria o ponto mais sensível. Enquanto a aceitação de seres como Nezuko Kamado (que nunca obedeceu totalmente a Muzan) já foi um tema, aceitar cinco demônios poderosos exigiria uma redefinição ética severa dentro da organização. Eles seriam utilizados como armas descartáveis em missões suicidas ou seriam genuinamente tratados como potenciais curados?

A capacidade de combate dessas Luas, aliada à sua inteligência, permitiria que a Tropa executasse movimentos mais ousados e rápidos contra o Rei dos Demônios. Em vez de gastar recursos preciosos na eliminação de ameaças menores, os Hashiras poderiam focar seus esforços inteiramente na caça às Luas Superiores e, finalmente, em Muzan ele próprio, potencializando drasticamente a chance de vitória antes do nascer do sol.

Este desdobramento narrativo serviria como um catalisador não apenas militar, mas também psicológico para toda a saga, forçando os protagonistas a confrontarem o dilema da redenção e da confiança em seus inimigos mais cruéis, transformando uma guerra de extermínio em uma complexa operação de inteligência e infiltração.