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Análise de direção: Argumentos pedem troca de realizador no próximo filme de demon slayer

Um debate intenso sobre a abordagem de ação e ritmo na adaptação de Demon Slayer aponta para a necessidade de um novo diretor.

Analista de Mangá Shounen
20/10/2025 às 08:30
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A produção futura de Demon Slayer (Kimetsu no Yaiba) está no centro de uma discussão técnica sobre a direção de animação, com argumentos fortes sugerindo que Haruo Sotozaki, o diretor habitual, deveria ceder espaço a um colega para o próximo grande projeto cinematográfico.

A análise aponta para a necessidade de maior ambição criativa e dinamismo nas sequências de luta, aspectos que, segundo observadores, têm sido limitados sob a batuta de Sotozaki. A crítica centralizada reside na tendência percebida de manter uma fidelidade excessiva ao material original do mangá, o que, em certos momentos, comprometeria o ritmo narrativo da adaptação animada.

O contraste na condução de cenas de ação

Destacam-se episódios específicos como o 19 da primeira temporada e o 10 da segunda. Estes capítulos, elogiados como os pontos altos da série em termos de animação e impacto emocional, são creditados à direção de Yuichi Shirai. A diferença de estilo entre os dois realizadores é vista como crucial, especialmente para um filme que demandará um nível de fluidez constante.

Um dos exemplos mais citados envolve a técnica da partitura musical de Tengen Uzui. Na obra original, a explicação de seu poder demanda um monólogo interno extenso do personagem. No entanto, a versão dirigida por Shirai optou por remover grande parte desse diálogo explicativo durante o clímax da luta contra Gyutaro. Essa decisão, de adaptar em vez de copiar o texto, é vista como um triunfo narrativo, permitindo que a intensidade visual falasse mais alto, sem interrupções conceituais longas.

Flashbacks e ritmo narrativo

O uso de flashbacks, um elemento abundante no arco que deve ser adaptado no próximo filme de Demon Slayer, também surge como ponto de fricção. Sugere-se que a abordagem de Sotozaki em preservar a ordem exata dos flashbacks do mangá pode resultar em quebras de ritmo prejudiciais à experiência cinematográfica. Em contrapartida, a criatividade de Shirai, demonstrada em episódios anteriores, indica uma capacidade de reordenar ou condensar informações para garantir uma progressão mais fluida e envolvente.

A favor da mudança de liderança, pesa a percepção de que Shirai exibe maior apetite por experimentação e por otimizar a linguagem audiovisual em detrimento da adaptação literal. Para um longa-metragem, onde o ritmo implacável é frequentemente um fator de sucesso, a ousadia demonstrada por Shirai em seus trabalhos anteriores é considerada um diferencial significativo. Assim, a expectativa recai sobre a escolha do estúdio Ufotable sobre quem comandará a próxima saga, visando garantir um ritmo aprimorado e lutas visualmente espetaculares para a franquia, que é um fenômeno global do anime.

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Tags:

#Demon Slayer #Adaptação Anime #Direção de Animação #Sotozaki #Shirai

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.

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