Análise aponta desvios da linha do tempo canônica no nono episódio da terceira temporada de 'one punch man'
A adaptação do episódio 9 da terceira temporada de One Punch Man é elogiada visualmente, mas análises apontam que a luta contra Phoenix Man é um evento não canônico, impactando a narrativa oficial.
A exibição do nono episódio da terceira temporada do anime One Punch Man gerou intensos debates sobre sua fidelidade ao material original do mangá. Embora a qualidade da animação e a performance da luta tenham sido amplamente aclamadas como fantásticas, uma análise aprofundada sugere que a sequência em questão representa uma elaboração visualmente aprimorada, mas que se desvia da cronologia estrita e dos eventos essenciais da história canônica.
Divergência no Confronto com Phoenix Man
O ponto central da divergência foca no confronto entre Criança Imperador (Child Emperor) e Phoenix Man. A versão animada parece apresentar uma recontagem da batalha, com o monstro ganhando poder a cada derrota, um elemento que não se alinha com a progressão da trama estabelecida no mangá oficial.
A narrativa canônica, que dita o desenrolar da linha do tempo oficial do universo OPM, inclui subtramas cruciais que supostamente foram omitidas ou alteradas neste episódio. Entre elas, destacam-se o potencial completo não explorado de Criança Imperador e um encontro fundamental entre ele e Saitama. A ausência desses momentos narrativos sugere que o episódio pode seguir um caminho semelhante a certas adaptações que priorizam o espetáculo imediato em detrimento da integridade da trama.
O Papel da Entidade Divina e Poderes Especiais
Um aspecto levantado sobre Phoenix Man em relação ao cânone é a origem de seus poderes. No material canônico, a força do monstro está ligada diretamente a uma entidade superior, frequentemente referida como Deus. A fonte de sua habilidade de ressuscitar criaturas caídas na água, como Tempest Wind e Hellfire Flame, sugere uma conexão direta ou que ele atua como um avatar desta energia divina, algo que não é explicado na adaptação televisiva.
A forma como a luta se encerra na animação, com a aparente derrota fácil por um mecanismo robótico simples, também gera questionamentos sobre a coerência com o poder que ele supostamente detém. A trama original detalha como esses encontros deveriam moldar o desenvolvimento dos heróis e a linha do tempo geral da Associação de Heróis.
O Precedente das Alterações Narrativas
Essa não é a primeira vez que momentos importantes são retrabalhados em adaptações de obras japonesas. O episódio é criticado por não se encaixar na continuidade estabelecida, o que pode ter implicações futuras para o desenvolvimento de personagens e eventos cruciais. Por exemplo, a cena icônica do mangá na qual Saitama destrói a lua, um marco do Arco do Monstro, não foi apresentada na versão animada deste episódio.
Experiências de espectadores que acompanham a história original apontam para vídeos explicativos que detalham a cronologia correta, indicando que a versão animada, apesar de esteticamente superior, funciona mais como um capítulo remixado do que como uma adaptação fiel do roteiro canônico. Um exemplo disso pode ser encontrado em análises detalhadas disponíveis em plataformas de vídeo, que mapeiam como a trama deveria se desenrolar, incluindo o estresse de Criança Imperador o levando a considerar a Neo Associação, um detalhe importante para seu arco.