A animação dos combates de sanji em one piece está à altura do mangá, segundo análise de fãs

A representação visual das batalhas do cozinheiro e combatente de elite dos Chapéus de Palha, Sanji, dentro do anime One Piece, tem sido alvo de intensa análise por parte da audiência dedicada. O ponto central da questão reside em saber se o estúdio responsável, a Toei Animation, está conseguindo capturar a energia e o impacto transmitidos nas páginas do mangá original, criado por Eiichiro Oda.

A discussão em torno da qualidade das sequências de luta de Sanji se polariza em torno de dois argumentos principais que buscam justificar a percepção de que as animações podem estar abaixo do esperado, ou, alternativamente, que a abordagem visual é inerentemente limitada pelo poder do personagem na narrativa.

O papel do Haki e a técnica Sky Walk

Um lado da perspectiva argumenta que a ausência de Haki do Rei (Conqueror's Haki) confirmado em Sanji afeta diretamente a estética de suas lutas. Diferentemente de outros personagens centrais que ostentam essa forma de Haki, as técnicas de Sanji, como o Sky Walk, são descritas como movimentos baseados em velocidade extrema e física aprimorada, e não em manifestações espirituais mais grandiosas.

Sob este ponto de vista, uma animação mais simples ou menos explosiva seria, de certa forma, lógica, pois reflete a natureza das habilidades do personagem dentro da hierarquia de poder estabelecida na obra. A ausência de efeitos visuais colossais, frequentemente associados a batalhas de alto nível que envolvem manipulação de Haki, poderia ser vista como uma fidelidade à construção do universo proposto pelo autor.

Omissão de impacto e energia no processo de adaptação

Em contraste, a segunda linha de argumentação sugere que a discrepância não está na fonte do poder, mas sim na execução da adaptação. Defensores desta visão alegam que a Toei falha em traduzir a sensação e o peso dos golpes desferidos por Sanji vistos no material impresso.

No mangá, o ritmo rápido e a coreografia dos movimentos de Sanji em momentos cruciais são destacados por traços dinâmicos e ângulos dramáticos. Observadores apontam que, ao serem animados, esses momentos perdem a ferocidade intrínseca, resultando em sequências que parecem mais leves ou menos consequentes do que deveriam, especialmente quando comparadas a adaptações recentes de lutas de outros membros da tripulação.

Essa diferença de tratamento levanta questões sobre a priorização da produção em certos aspectos narrativos e visuais. A forma como a velocidade da Perna Negra é apresentada em movimento contínuo, por exemplo, exige um nível de fluidez visual que nem sempre é consistentemente entregue, exigindo dos espectadores uma interpretação ativa para preencher a lacuna entre o que é visto na tela e o que é recordado do mangá.