Anime EM ALTA

Análise detalhada revela pontos altos e baixos na adaptação de um aguardado combate da terceira temporada de one-punch man

O nono episódio da terceira temporada de One-Punch Man gerou reações mistas, destacando-se por picos de animação impressionantes, mas tropeçando em inconsistências técnicas e decisões de direção.

An
Analista de Mangá Shounen

10/12/2025 às 03:40

4 visualizações 4 min de leitura
Compartilhar:

O nono episódio da terceira temporada de One-Punch Man, focado em um confronto há muito esperado pelos espectadores, dividiu opiniões após sua exibição. Embora considerado por muitos como um dos momentos mais antecipados da temporada, o produto final entregue apresentou uma série de contrastes notáveis, equilibrando sequências de animação espetacular com falhas significativas na execução técnica geral.

Momentos de Destaque: Sakuga e Efeitos Visuais

Um dos aspectos mais elogiados da produção foi a qualidade da animação em cortes específicos, frequentemente referidos como sakuga. Em comparação com episódios precedentes, este capítulo demonstrou uma quantidade consideravelmente maior de cenas com animação de altíssimo nível. Um ponto alto específico foi a representação do mecha, o brave giant, que em cerca de 40% do episódio ostentou desenhos de extrema qualidade técnica.

Além da fluidez dos personagens em movimento, a animação de efeitos visuais recebeu aclamação. Os efeitos de explosões e poderes foram descritos como excelentes em determinados momentos, complementando cenas que também se beneficiaram de um storyboard habilidoso. Isso sugere que a equipe de animação aplicou grande esforço em sequências específicas, elevando o nível visual pontualmente.

Ambição versus Consistência Técnica

A ambição do episódio, no entanto, revelou-se uma faca de dois gumes. A adaptação de partes do combate que antecederam o clímax gerou divisão, com espectadores apreciando a tomada de decisão criativa e outros a rejeitando por se afastar do material original do mangá. Paralelamente, o ritmo acelerado da luta foi classificado como uma questão de preferência pessoal, caracterizando uma entrega frenética.

Pontos Críticos na Produção

Em contrapartida, as críticas voltaram-se principalmente para as falhas na produção que minaram a experiência geral. Um dos problemas mais citados foi o uso questionável da trilha sonora (OST), que pareceu deslocado em várias cenas cruciais. O design de som também foi severamente criticado, considerado por alguns como lamentável.

A rigidez em animações específicas foi um fator recorrente de insatisfação. Embora o cenário do brave giant tenha tido picos visuais, o próprio robô foi criticado por parecer rígido em certos momentos. O vilão Phoenix Man, por sua vez, sofreu com imobilidade aparente na maior parte da sua participação. Muitos espectadores sentiram que diversas tomadas careciam de uma composição adequada, resultando em visuais que pareciam "crus" ou apresentavam a sensação de momentos "em PNG", indicando cortes bruscos e falta de camadas de profundidade visual.

Pontos de coreografia foram considerados confusos e mal ritmados. Além das deficiências visuais, elementos narrativos importantes foram omitidos, e o desenvolvimento do personagem Child Emperor (Imperador Criança) foi notavelmente cortado. Efeitos como ghosting e escurecimento excessivo em certas cenas prejudicaram a clareza da ação.

Avaliação Geral e o Potencial Desperdiçado

Em uma avaliação subjetiva, o episódio foi considerado marginalmente inferior ao seu antecessor imediato, o oitavo, contudo, manteve picos de animação substancialmente maiores. O trabalho de storyboard, supostamente conduzido por Takashi Hashimoto, não foi totalmente condenado, mas a execução geral foi prejudicada. A percepção é que, sem as inconsistências de animação e se houvesse maior fidelidade ao ritmo e intenção do mangá em toda a sua duração, este episódio teria superado o anterior com facilidade, aproveitando plenamente o potencial de sua narrativa.

An

Analista de Mangá Shounen

Especializado em análise aprofundada de mangás de ação e batalhas (shounen), com foco em narrativas complexas, desenvolvimento de enredo e teorias de fãs. Experiência em desconstrução de arcos narrativos e especulações baseadas em detalhes canônicos.