A aleatoriedade do destino ninja: Fãs debatem a sorte de ser ou não um personagem principal em naruto

A trajetória de um ninja em Konohagakure, como retratada no universo de Naruto, parece estar fortemente atrelada a fatores que fogem ao controle do indivíduo: a sorte no sorteio inicial para a formação de times.

Uma discussão acalorada em fóruns especializados levanta o contraste gritante entre aqueles que caíram sob a tutela de lendas e aqueles que tiveram a infelicidade de serem designados a Jonins medianos. A disparidade de poder e relevância na narrativa central da obra, argumentam os fãs, é uma consequência direta dessa alocação inicial.

O exemplo clássico citado é o time original do Terceiro Hokage, Hiruzen Sarutobi, que em sua época como Jonin, treinou os eventuais Lendários Sannin. Mais adiante na história, o Quarto Hokage, Minato Namikaze, foi pupilo de Jiraiya, um dos Sannin. Essa linhagem de excelência continuou quando Minato designou Kakashi Hatake, Obito Uchiha e Rin Nohara para sua equipe, moldando dois dos ninjas mais poderosos de sua geração.

A sorte na formação do Time 7

O ponto de inflexão para a maioria dos espectadores é a formação do Time 7. Naruto Uzumaki, Sasuke Uchiha e Sakura Haruno foram designados para Kakashi Hatake, um dos shinobis mais talentosos e, eventualmente, o Sexto Hokage. Este time, que se tornou o foco central da franquia, recebeu treinamento e atenção incomparáveis, garantindo que seus membros alcançassem níveis exponenciais de força e influência política na vila.

Diante disso, a frustração surge ao imaginar um genin comum, lutando para se destacar após ser colocado sob a orientação de um Jonin regular, sem o legado ou o potencial de mentores como Jiraiya ou Kakashi. O debate sugere que, para a vasta maioria dos ninjas que não são protagonistas, o teto de suas carreiras é alcançado muito mais cedo, resignando-os a papéis coadjuvantes e esquecíveis.

O legado dos não protagonistas

Embora muitos personagens secundários das eras dos Sannin ou do Quarto Hokage fossem notavelmente mais carismáticos - e, em alguns casos, bem mais interessantes que os protagonistas originais -, eles raramente conseguiram subir no panteão de poder até igualar, por exemplo, a força que Sakura Haruno eventualmente alcançou após focar em treinamento intensivo.

Essa reflexão toca em um ponto sensível da construção de grandes sagas: a necessidade de focar a atenção em alguns indivíduos, o que inevitavelmente torna a jornada da maioria dos outros personagens menos épica. O sistema de classificação e treinamento em Konoha parece confirmar que o destino de um ninja de elite começa na seleção aleatória de seu primeiro sensei, um fator que, para muitos, define se ele se tornará uma lenda ou apenas mais um nome nas fileiras da Vila Oculta da Folha.