Aizen evitou confronto com unohana após derrotar toshiro hitsugaya?
A revelação de que Retsu Unohana foi a primeira Kenpachi levanta questões sobre as motivações de Sōsuke Aizen.
A jornada de Sōsuke Aizen, um dos antagonistas mais icônicos de Bleach, é marcada por planos meticulosos e uma aparente invencibilidade que colocou a Soul Society em xeque. No entanto, um momento específico de sua ascensão ao poder, pós-traição, gera especulações sobre seus verdadeiros limites de força, especialmente em relação a Retsu Unohana.
A questão central surge após Aizen demonstrar um domínio avassalador sobre Toshiro Hitsugaya, um prodígio entre os capitães. A facilidade com que Aizen neutralizou Hitsugaya parece contrastar com a subsequente ausência de um confronto direto com Unohana, que mais tarde foi estabelecida como a primeira Kenpachi, detentora da força bruta original que deu nome ao título.
O peso da primeira Kenpachi
O título de Kenpachi carrega um peso histórico significativo, representando a busca incessante por combate e poder entre os Shinigamis. A descoberta de que Unohana, a gentil capitã da Quarta Divisão, era originária desse caminho de violência - a portadora original da temida força - sugere que ela possuía um poder latente tremendo, que só seria liberado completamente durante seu sacrifício posterior.
A análise foca no período em que Aizen selou sua identidade como traidor e se preparava para enfrentar o resto do Gotei 13. Se ele estava disposto a enfrentar com confiança capitães de alto escalão como Byakuya Kuchiki e o próprio Hitsugaya, por que a rota de colisão com Unohana parece ter sido desviada?
Estratégia ou limitação de poder?
Duas principais linhas de interpretação surgem dessa omissão estratégica. A primeira sugere que Aizen era puramente pragmático. Ele havia analisado as ameaças e optou por eliminar alvos que representavam maiores riscos imediatos ou que seriam cruciais para a estabilidade da Soul Society, como Hitsugaya, um futuro potencial líder. Unohana, embora forte, estava atrelada a funções curativas e seu poder de combate mais destrutivo estava suprimido por décadas de autocontrole e reformulação de caráter.
A segunda linha de pensamento, mais controversa, especula se Aizen percebia Unohana como um perigo desconhecido ou uma ameaça potencialmente maior do que o previsto. Enfrentá-la envolveria um desgaste desnecessário, expondo a verdadeira extensão de sua Zanpakutō, Kyōka Suigetsu, antes do momento ideal. Para Aizen, cujo objetivo final era desafiar o Rei das Almas, evitar batalhas colaterais era crucial.
Contextualizando, a força de Unohana antes de seu despertar total era mascarada. Ela não utilizava seu poder máximo abertamente, tornando-a uma variável difícil de calcular, mesmo para alguém com a vasta habilidade de análise de Aizen. Sua transformação momentânea para enfrentar Zaraki Kenpachi demonstrou uma capacidade de combate que rivalizava com os mais poderosos, sugerindo que Aizen poderia ter preferido não testar essa faceta dela, optando pela eficiência da eliminação de outros focos de resistência.
O desfecho da trama, que culmina com o massacre de Seireitei, reforça a ideia de que Aizen estava sempre jogando um jogo de xadrez de longo prazo, onde cada movimento era calculado para maximizar ganhos e minimizar exposições inoportunas do seu poder real.